Palavras Engasgadas

* Obs: Posts antigos podem ser encontrados no meu antigo blog.



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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Desconfiança


Nunca gostei dessa idéia de desconfiar de todas as pessoas, e achar que todos são maléficos ou culpados até que prove o contrário. Eu sempre gostei de tentar confiar nas pessoas, ou dar uma chance para mostrar que é uma pessoa digna. Não é ingenuidade ou inocência, é apenas esperança. Mas acaba que essa esperança acaba me iludindo um pouco, e confiando demais, e achando que a pessoa é mais do que realmente é. Tem coisas que acontecem na vida que eu de fato não consigo entender, e juro que me esforço. E essas coisas que acontecem, me fazem ter que desconfiar de todos a todo o momento. Ficar de olho em todos, e atento ao sofrimento que talvez me façam passar. E... em alguns momentos acho que realmente consigo ser um pouco ingênua. Mas acredito que é mais sentimento do que qualquer outra coisa. Me apego demais, e isso é perigoso, porque posso acabar ficando um pouco cega. Isso não acontece sempre, nem com muitas pessoas, mas tem umas que não tem jeito. Eu amo, faço de tudo, me dobro, pra ter como resultado uma puta de uma decepção, e uma resposta singela do tipo: 'nunca gostei de você.' E aí começa a nostalgia, e eu penso que não é possível uma coisa dessas. E aí eu choro. Pela perda, por ter acreditado demais, e pelo receio de acontecer outras vezes. E a cada vez que acontece, mais receiosa e duvidosa eu fico. Não gosto de ter que ficar assim. É muito ruim e desgastante. Nunca se sabe o que vai acontecer amanhã, com uma amizade que na minha cabeça está perfeita, por exemplo. Talvez seja por carência também que fico assim. Talvez por insegurança. Talvez porque eu seja boa demais com as pessoas, e elas não merecem isso. Talvez.

{Playlist: Christina Aguilera - Nobody Wants to Be Lonely}

Mayara Dias ás 22:51,



sábado, 24 de janeiro de 2009

Alanis!



Alanis Morissette - dia 23/01/09 - Brasília - Ginásio Nilson Nelson.
Foi perfeito. Não tem nem descrição o sentimento que eu tive quando ela começou cantando The Couch, e entrou no palco cantando Uninvited. Ver ela, aquela mulher perfeita, ali, bem perto de mim foi de fato emocionante. Me matei de tanto cantar e gritar. Apesar de não ter ficado num lugar tão bom, o show foi perfeito. São os tipos de dias que você nunca esquece.

{Playlist: Alanis Morissette - Everything}

Mayara Dias ás 21:33,



sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Cansei.



Cansei. Sabe quando você esgota de tudo? Pois é. Estou assim. Tô cansada de muitas pessoas, de decepções, de situações, dos meus problemas, do jeito que as coisas funcionam. Enfim... Resumindo, cansei da minha vida. Preciso dar uma reviravolta, repensar atos, analisar mais friamente as pessoas. Ceder, mudar meu jeito, e parar de fazer tudo pelos outros, enquanto não fazem nada por mim. Eu olho em volta, e vejo que nada mais faz o sentido que fazia antes. Preciso renovar. Preciso sair desse estado em que eu estou, onde já não mais me acho. Cansei de decepções a todo o momento e de dores que me machucam loucamente. As certezas concretas que eu tinha, agora viram líquido, e logo viram gás se dissipando pelo ar e fazendo com que eu não tenha mais contato com elas. Minha vontade é de morrer um pouquinho, para ver quem realmente se importa comigo, e ver o tempo passar sem eu participar dele. Tendo a esperança de que, quando eu voltasse, as coisas estariam melhores. Seria tudo mera ilusão? Estou meio perdida, e confesso que isso me assusta um pouco.

{Playlist: Evanescence - Bring me to life}

Mayara Dias ás 02:55,



quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Eu esperava demais de você. Decidi parar e me iludir e tentar abrir os olhos pra vida. Talvez eu fosse muito exigente, ou talvez você não fosse suficiente. O que importa é que passou, e agora não dá. O amor prevalece, assim como as mágoas. Dói me separar de você. Mas dói também continuar. Entende como é difícil pra mim? Estar junto com você, é sofrer. Estar longe, também. Então, preferi sofrer longe de você, do que ter o desprazer de saber que eu sofro ao seu lado. É melhor eu me convencer de que só estou nesse estado por estar longe. Porque eu te amo demais, e fiz demais pra você, pra ter como resultado momentos e sentimentos tão ruins com você. Quem sabe não vira uma verdade? Quem sabe não mudamos? Talvez seja bom afastar, refrescar a mente, se decepcionar, mentir, viver, ter medo, sofrer mais, até que chegará num ponto, que saberemos que já deu de tanto viver solteira. Eu sei que meu futuro é você. Não o presente. Mas você não me ensinou a te esquecer, e tentar viver a selvagem vida longe de você. Você só me ensinou a te querer...


{ Playlist: Caetano Veloso - Você não me ensinou a te esquecer}

Mayara Dias ás 15:46,



terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Quer dar uma espiadinha?



Eu confesso que adoro ver Big Brother Brasil, e que me até me divirto. Mas eu não concordo com nada daquele programa. Para mim, tem tantos aspectos a serem pensados, que ninguém nem se importa, e isso me revolta um pouco. As pessoas se importam tanto em ficar observando várias pessoas viverem uma vida preso em uma casa com pessoas desconhecidas. Sinceramente, acho muita falta do que fazer.

Pra começar, não concordo com as pessoas que se inscrevem. Todos os anos são milhares e milhares de vídeos, cada um mais sem noção do que o outro, e todos praticamente implorando para colocar dentro da casa. E o pior é que para a maioria das pessoas, nem é apenas o prêmio de 1 milhão de reais que chama a atenção. No caso dos homens, o que prevalece são as mulheres que vão ter lá, e se eles conseguirão pegar alguma. Pras mulheres, o que importa é por silicone, malhar, e mostrar pro mundo o quanto é gostosa e puta. Mas agora desconsiderando essas pessoas que não se importam com 1 milhão, vamos pensar nas que se importam. Tudo bem, é dinheiro pra caralho. Porém, eu não acho que perder a privacidade, ficar 3 meses longe de trabalho, família e amigos, se submetendo a ficar dentro de uma casa por todo esse tempo, seja válido. Acho que por mais que a pessoa seja humilde e precise do dinheiro, é decadência. Olha agora essa novidade: 4 pessoas ficam por uma semana dentro de uma caixa de vidro em um shopping. Cara, é até aceitável ficar dentro de uma casa, onde você pode ver o sol e andar, e ser vigiado apenas por câmeras. Mas... Ficar dentro de um cubículo de vidro, sem a MENOR privacidade, com pessoas te olhando durante horas, e tirando fotos, como se você fosse uma atração de circo? Aí não, me poupe. Muitos querem ir para a casa do BBB porque é só festa, bebida e diversão. Mas falam isso como se não existisse em qualquer lugar. Vamos ser coerentes. Uma festinha com mais 13 pessoas não é algo tão valioso assim. Até porque os participantes comem feito loucos, como se nunca tivesse visto comida na vida.

Mas tá, tudo bem, os participantes querem fama, dinheiro, e falta de privacidade. Aceitável. Mas pessoas de fora ficarem obcecadas por um programa assim? Acho ridículo. Pagam Pay-Per-View, gastam conta de telefone para votar em quem vai sair, param tudo para grudar os olhos na TV. Em troca do que? De meia hora de ilusão? Não tem sentido. O tanto que a Globo fatura com essas ligações que as pessoas fazem, não é pouca coisa não. Se eles dão um prêmio de 1 milhão para o ganhador, é porque eles ganham 10 vezes mais que isso. A cada paredão, o número de votos só cresce. E as pessoas não são nem um pouco inteligentes de ao invés de votarem por telefone ou por torpedo, que computa apenas um voto, votarem pela internet. Já que vai gastar o tempo escolhendo quem vai ficar de fora daquela brincadeira, que faça de um jeito que não prejudique a conta de telefone. E curioso, que as pessoas que mais votam por telefone e torpedo são as humildes, que teoricamente não deveriam estar gastando dinheiro com isso.

Me intriga os espectadores se interessarem tanto pelo que as pessoas fazem. Me desculpem minha mania de psicóloga, mas isso me faz pensar muito sobre as pessoas. Eles esquecem da vida deles mesmo, pra pensar na dos outros. Se envolvem completamente, lêem notícias no ego e no site da globo.com. Pra mim, isso é tudo uma forma de esquecer dos próprios problemas, para ver todos ali se divertindo. Acaba que a pessoa se envolve e finge que tá acontecendo com ela. Teoricamente é muito bom mesmo. Festa, diversão, nenhum compromisso. Mas a vida não funciona assim, e os espectadores tentam fazer com que seja dessa maneira. Acaba que isso resulta numa enorme falta de personalidade, que durante três meses é vivido por diferentes pessoas. Acho que tem a ver também com falta de auto-estima. E não tem como citar, falta do que fazer e ignorância. Enquanto as tragédias tão acontecendo, as pessoas estão ligadas num reality show.

A Globo manipula tanto os participantes, como os espectadores. Eu acho um absurdo como a Globo fica dando de graça carro, dinheiro, eletrodomésticos. Pra mim é uma forma de doação que aparenta ser por desprezo. Pra mim, é um pensamento tipo 'ah, se eu der um prêmio para essa pessoa, ela vai ficar feliz, o país vai se emocionar e se comover porque a Globo é boazinha e alegra a vida das pessoas'. Eles não dão essas coisas porque eles são bonzinhos e se importam com os outros, não. É tudo pra aumentar o IBOPE.

Mais uma vez repito: Eu assisto BBB, quando dá, e gosto de ver. Mas não consigo deixar de achar completamente errado. Já está na 9ª edição. São nove anos... disso. E não vai acabar tão cedo.

{ Playlist: So what - P!nk }

Mayara Dias ás 01:15,



segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Muito prazer, sou o...




Não sou mau, mas também não sou bom. Eu te faço sofrer, mas te faço sentir o maior prazer do mundo. Faço sua garganta ficar seca, seus olhos brilharem, seu coração bater rapidamente. Você fica tímido e com as bochechas avermelhadas. Conta piadas sem-graça e fala coisas sem nexo. Faço você sentir uma agonia enorme dentro do peito. Faço você ficar nervoso e arrepiado quando vê aquela pessoa. Ah, ela. Faço com que aquela pessoa seja o centro da sua vinda, e faço você virar dependente dela, de forma que por mais que você lute contra, você não conseguirá largar. Faço você planejar casamento, nome dos filhos e cor das paredes da casa. Você muda suas concepções sobre a vida de solteiro. Sua vontade agora é de ficar agarradinho vendo um filme e curtindo aquele lindo momento. Faço você tremer e ficar receioso de fazer um pedido como o namoro. Mas também faço você explodir de alegria quando a pessoa aceita. Você sente que agora tudo faz sentido, que a vida é bela e passa a entender e valorizar as músicas românticas. Você tem vontade de gritar pro mundo o que você sente. Você procura fazer de tudo pra agradar a outra. Cartas, flores, bombons, declarações de amor, breguices. É, faço você virar brega. Mas ah, você não se importa com isso. Você só se importa com o sorriso que ela vai dar. Com as coisas fofas que ela dirá. Você se importa plenamente com a outra pessoa, e sente algo indefinível dentro de você, mas nem tenta entender. Eu não tenho explicações, você sabe disso. Eu sou o que você procura, por mais que diga que não. Sou sua maior felicidade, mas também posso ser seu maior pesadelo. Posso ser a angústia, a tristeza, o plâtonico, a dúvida. Posso fazer você chorar, ver filmes em preto e branco antigo, comer chocolate. Posso fazer você ficar deprimido, decadente e com olheiras profundas. Posso fazer você sentir vontade de sumir, de não sair do quarto, de não querer mais ninguém. Posso fazer você reclamar da vida, enlouquecer, questionar. Posso fazer com que você desmotive. Mas não. Não desista de mim. Sou valioso. Não sou inalcançável. Não deixe que as pessoas me estraguem. Mas também não ponha a culpa nas pessoas. Talvez a culpa esteja no momento. Talvez fosse mais perfeito se fosse depois. Espere. Tenha paciência. Não saia quebrando tudo e fazendo loucuras. Pense nas vantagens que providencio para você. Pense nas fugas de carro com o celular desligado. Pense no piquenique no parque. Pense no jantar romântico que ela preparou num dia que você chegou exausto do trabalho. Pense no pedido de casamento, no esperado dia, e na lua-de-mel. Pense também no sexo. Esse, que tem um sabor diferente do que apenas sexo por sexo. Pense no futuro, no junto, em tudo. E pense também, que nunca sairei de você. Pense em fazer as escolhas certas, porque não gosto de ser sinônimo de dor. Lute contra o que te deixa pra baixo, e pense em mim, e na grandiosidade que sou.


Muito prazer, sou o amor.




{ Playlist: Placebo - Sleeping with ghosts}

Mayara Dias ás 03:14,



domingo, 18 de janeiro de 2009

Dor




Oh, a dor. A dor que me sufoca, a dor que me faz enlouquecer. A dor que me leva a uma outra dimensão do meu próprio eu. Uma viagem perigosa, medonha e assustadora. Uma viagem interna em volta de pensamentos talvez bloqueados pela minha mente no dia-a-dia. Essa dor, que é a dor que me faz temer. Que me faz ter medo de sair na rua. Me faz olhar para todos os lados e garantir que não há perigo. Me faz pensar duas vezes antes de agir. Ou não. É a dor que eu sofro calada. Que corrói pouco a pouco tudo que eu venho construindo. Vai acabando com meus neurônios, me deixando fraca, ativando meus sentimentos mais profundos e às vezes esquecidos. Me faz assim, chorar. A dor vai embora em forma de lágrimas. Enquanto elas rolam pelo meu rosto, sinto como se estivesse vencido uma batalha. A dor estaria assim sumindo. Desaparecendo no meu rosto, ou caindo no meu colo. E aquela lágrima não voltaria. Olho para o espelho e vejo a marca dessas que foram emboram. Passo a mão sobre meu rosto ainda úmido, e percebo que essa concepção de dor em forma de lágrimas era mera ilusão e metáfora. Porque na realidade, tinha sido apenas um momento. Sim, as lágrimas voltaram. Essa dor, é uma das que mais me fazem enlouquecer, agoniar, sentir, arranhar, gritar, riscar. Sinto vontade de gritar. Não, não. Sinto vontade de rir. É, rir. Rir da minha desgraça. Melhor rir que chorar. Rio nervosamente, e começo do nada a chorar novamente. Ponho as mãos no meu rosto e me pergunto porque daquela agonia dentro do meu peito. Eu sei e não sei o porque. O que eu sei, finjo não saber. O que eu não sei, desisto de tentar descobrir o porquê. Prefiro sentar num canto escuro, num momento íntimo comigo mesma. Começo a sentir frio. Meu corpo arrepia, e os calafrios começam a percorrer todo o meu ser. Me sinto só. Olho para o lado, e vejo tudo escuro. Me abraço. Eu sou a melhor companhia para mim mesma. Passo a mão pelos pêlos dos meus braços arrepiados. Mordo a boca até o ponto dela sangrar. Percebo que eu com eu mesma não basta. Preciso de outro calor. Grito internamente. Acho que estou gritando com toda minha força, mas percebo que minha boca está selada. Não consigo soltar esse grito que tanto me sufoca. Tento, mas desisto. Deito no chão e olho para o teto. Meus olhos a essa hora já se acostumaram com a escuridão, e começo a ver formas no teto. Formas que me assustam. Com dentes afiados e garras prontas para me atacar. Parece até que está me puxando. A dor fica cada vez mais forte. Me rastejo pelo chão, e vejo a forma decadente que estou. Páro um pouco e tento refletir o que me deixou daquele jeito. Não consigo. Tento levantar. Não consigo. Grito. Agora sim, grito com toda a minha força, para que todos ouçam meu desespero. Porém, ninguém vem me socorrer. Alguém ao menos se importa comigo? Fico na espera por segundos, minutos ou horas. Não sei mais quanto ao tempo. O que eu sei é apenas um fato: morri.

Mayara Dias ás 16:05,



sábado, 17 de janeiro de 2009

Amor e paixão




Uma das maiores confusões humanas: amor e paixão. As pessoas acham que é tudo a mesma coisa, e amam a todos, é incrível. Mas na verdade, existem algumas pequenas semelhanças, mas umas diferenças cruéis.
Amar é trocar os pés pela mão. É voar nos pensamentos. É se iludir. É ficar feliz com coisas que nem imaginaria que fosse ficar. É se sentir a melhor pessoa do mundo. É querer estar ao lado do(a) outro(a) a todo o tempo. É valorizar o canto dos passarinhos. É andar sem direção. É ouvir uma música e se lembrar do outro. É cantar no banho. É a vontade de gritar pro mundo o que você sente. É pensar 24 horas na pessoa. Amar é o sentimento inexplicável. É o aperto no coração. É o frio na barriga. É o medo de perder. A ansiedade de estar junto. É sofrer. É chorar. É calar. É ceder. Amor não acaba. Sempre sobra um resto. Não se supera, não se esquece. Amar dói, amar fere. Não se pode explicar com meras palavras. É o inexplicável do inexplicável. É o passado, o futuro, e o presente. É o eterno. É o junto. São promessas, sonhos, planos. Amar é fazer loucuras. É não se importar com outras opiniões. É se deixar levar no ritmo do amor. É nunca deixar ir embora. É o sacrifício, o sofrimento, a luta, a exaltação. Amar é aquilo que todos almejam. É estar sempre pensando em alguém. É ver a tal pessoa no rosto de outros. É isso. Essa loucura de sentimentos que explodem dentro de você. É tudo isso e muito mais.
Paixão é o momento. A vontade de ficar, beijar, abraçar. É o começo do amor, ou o término de tudo. É um sentimento avassalador nem que sejam por alguns segundos. É o princípio. É o intermédio, mas nunca o final. É o impulso, a loucura do momento, e provável arrependimento depois. É o físico, é o querer. É o que move. Paixão é gostar, sentir algo a mais. Uma vontade que não se explica. Mas é também se desistir quando não consegue. É não lutar o necessário. É querer quando tá facil. É brigar, chorar, e esquecer. É mais um complemento do amor. É dependência quando se está junto, independência quando se está sozinho. É sair e esquecer. É lembrar quando está junto. É fazer juras sem fim. É nem sempre realizá-las. É a parte boa. A parte gostosa. Nas partes ruins? A paixão some. O amor vive sozinho. A paixão não.
O amor é um dos sentimentos mais difíceis de se encontrar. Pena ser tão vulgarizado. É preciso mais valorização e dedicação. A paixão você acha em qualquer lugar. Um carinho a mais, umas palavras bonitas. O amor é mais que isso. Amor é vida.

Mayara Dias ás 17:27,




Mulher


Mulher. A maravilha criada por Deus. Consegue ser tudo que um homem sempre sonhou em ser, mas que não tem a habilidade pra tal. E por incrível que pareça, a sociedade ainda colocava no chão todo o potencial que as mulheres têm. Até hoje isso acontece. Mas antigamente as mulheres eram consideradas pessoas sem alma. Não tinham direitos. Apenas deveres.Por mais que os homens sejam consagrados pelas grandes invenções e avanços, suas mulheres sempre estiveram por trás. Mesmo que ocultas, estavam auxiliando. O que seria dos homens sem a sensibilidade da mulher? Nós mulheres temos um QI avançadíssimo, mas, mais importante ainda, um QE grandioso. O que seria QE? Os homens perguntariam. QE é o Quociente Emocional. É a habilidade de se lidar com os problemas. É o emocional posto a frente do racional. É tudo o que mexe com pensamentos, idéias, confusões. São os medos, anseios, preocupações, responsabilidades. É, hoje em dia, a inteligência mais valorizada. É isso que conta. É se acalmar, respirar fundo, pensar em uma solução. É não desesperar. Os homens o ignoram, deixando os problemas de lado. Ninguém aguenta conter os sentimentos. E quem os ajuda? Claro, as mulheres.



Somos nós que valorizamos o amor, somos nós que nos apaixonamos e fazemos de tudo para que seja perfeito. Com a cabeça nas nuvens, mas o pé no chão. Enxergamos a realidade, lutamos pelos nossos ideais. Queremos que nossa vida seja igual planejamos. Construímos um futuro nas nossas mentes. Se cozinhamos, limpamos a casa, lavamos a louça, não é pra ganhar o amor de um homem. Mas pela nossa vontade de que tudo esteja na ordem. Não queremos bagunça em nenhum sentido. Queremos uma vida calma e tranquila, onde nossos esforços por essa sociedade sejam reconhecidos.



Somos carinhosas, atenciosas, românticas e sonhadoras. Mas sabemos ser rígidas, raivosas, secas e frias. Tudo depende de como nos tratam. Não aceitamos insultos, críticas, ofensas sem nenhuma razão. Não mexa à toa com uma mulher. Temos o gênio difícil. Queremos as coisas da nossa maneira, e ai de você se reclamar. Queremos elogios e reconhecimentos. Queremos que corram atrás do nosso trabalho e dedicação. Tudo é feito com um esforço sem igual. Fazemos esforços que nenhum homem faria. Temos a meiguice de uma mulher, mas a perseverança de um homem. Temos defeitos e qualidades igual qualquer um. Nosso destino é o sucesso. Não queremos muito erros. Mas se tiver um obstáculo na nossa frente, nós passamos por cima e seguimos em frente. Se houver uma decepção, nós erguemos a cabeça e continuamos. Mesmo que o coração esteja doendo e as lágrimas estejam quase saindo. Sim, somos choronas. Mas isso não quer dizer que somos frágeis à qualquer coisa.



Somos fortes. É a gente que carrega um bebê por 9 meses, que amamenta por mais alguns meses, que sangra todo mês, que tem TPM, cólica. Temos que depilar, fazer escova, fazer as unhas, passar maquiagem e andar de salto alto. Temos que usar sutiã e absorvente. Somos nós que nos arrumamos o máximo para ficar bonitas. Mas nem precisa. Mulher já é bonita naturalmente. Somos sempre educadas, mesmo com pessoas que não gostamos. Estamos sempre com um sorriso na boca.


Direitos iguais. Não precisamos de machismo e/ou femismo no mundo. Homens e mulheres são diferentes. Ninguém é igual. Cada qual com sua personalidade, sem ter o direito de criticar o outro. Isso é coisa do passado, e continua sem razão. Estamos no mesmo nível que os homens. Aderir ao machismo ou femismo é burrice, e falta do que fazer. Respeito é a palavra-chave em questão. Se não respeitar os outros, não respeitarão você. O mundo evoluiu, e as pessoas também. Percebeu-se que não somos seres inferiores, mas seres iguais que merecem o mesmo respeito que os homens têm.


Mayara Dias ás 17:22,




Primavera

***

Oi gente :)

Como o blog é novo, e ainda tô ajeitando umas coisas, vou postar três dos meus textos favoritos do meu antigo blog, e amanhã ou depois de amanhã, estarei postando os novos.

Espero que gostem.

***









Acordo. Olho para a janela. Tento evitar a mudança que ocorre lá fora. Inevitável. As flores começam a aparecer. Chega a estação do amor, aquela que já foi minha estação. Primavera. A estação em que te conheci. Naquele belo dia de setembro. Levantei e fiquei encarando a janela, lembrando das épocas de juventude, de quando nosso amor era vivo. Eu era sua. Você era minha. Relembrava das nossas caminhadas no parque. Observávamos as flores e os passarinhos que cantavam. Nos encantávamos com cada momento ali vivido. Tudo era perfeito, como em um conto-de-fadas. Conseguia ainda sentir o cheiro daqueles tantos anos atrás. Pensava em quando nós deitávamos na grama e planejávamos nosso futuro. Lindo. Intenso. Romântico. Eu caía em um abismo sem fundo. O abismo do seu olhar penetrante, do seu sorriso contagiante, do nosso amor.. Corríamos pelos campos de margaridas, sua flor favorita. Seu olhar brilhava quando eu te dava uma flor. Você me olhava como se eu fosse tudo que você precisava. Como se eu soubesse de cada pedacinho de você. Cada vontade, cada desejo, cada anseio, cada impulso. Parecia que a primavera era feita para nós. Só para nós. Foi assim durante diversos anos. Suspirei. É, era uma época muito boa. Sentei na minha cadeira de balanço. Uma lágrima escorreu em meu rosto. Estava feliz e triste. Com saudade, muita saudade. Eu já deveria estar mais acostumada. Tantos anos se passaram... Você sumiu da minha vida, antes da nossa primavera. Na estação mais fria do ano. Inverno. Você me disse que não dava mais, que precisava de novas primaveras. Seus olhos fixaram no meu por uns segundos. Virou a cabeça e saiu andando rapidamente, como quem não tivesse certeza do que fazia, e tinha medo de voltar atrás. Respirei fundo. Tentei chamá-la, mas a voz não saía. Fiquei parada por uns segundos, minutos, horas, nunca vou saber, mas parecia uma eternidade. Nunca esquecerei daquele trágico dia. A partir daí, nunca mais consegui ver minha estação como a mesma. Foi um outono por um tempo.. Me comparei às folhas caindo. Eu caía e não levantaria jamais. Mas não poderia acontecer assim. Porém, ao mesmo tempo, eu estava impossibilitada de sentir o que eu já havia sentido, naquelas primaveras. Então, vivo em um constante e gélido inverno. Inspirando e expirando o ar frio. Congelando meu corpo, minha alma e meu coração. Nunca mais fui a mesma. Tento me conformar com esse fato, mas é difícil demais. A primavera para mim se tornou algo indiferente. Agora, minha estação é a estação da dor, do gelado, do insensível. Tento não deixar o passado tomar conta de mim. Acabou. Pertenço agora a uma nova estação.







Mayara Dias ás 16:50,